Foi no outono

Anna Müller



Esse outono sem sol e cinzento

Dá-me angústia de o sentir

Um silêncio faz-se então surgir

Um triste e dorido lamento

Não há verdes folhas no jardim

Nem das flores todas as matizes

E ouço um cântico dentro de mim

Como pássaros tristes...infelizes

Na espera da doce primavera

cerro os olhos e sinto o sol

que desperta um novo amanhecer

No despertar de uma nova era

os tons suaves de um arrebol

traz de volta mais um renascer.

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Versos loucos

Anna Müller


Que esta loucura sim, de te amar não feneça;

Já não mais suporto esta angústia tão sofrida,

latejante em dor, o coração arrefeça,

banhando a triste alma com lágrima dorida.

Que esta tortura não dilacere meu pensar;

Onde me perco por caminhos em tropeço,

viajante de um tempo frio sem nunca cansar,

buscando em ti, mais uma vez o recomeço.

Retomo agora este caminho inacabado;

na incerteza de chgar onde eu espero,

e em meus sonhos... um desejo realizado,

de sentir teu corpo que tanto venero.

teus doces lábios com os meus poder beijar;

guardar na boca o adocicar que tanto quero,

e nesta loucura dos meus versos te encontrar,

porque sem ti, eu endoideço e desespero.

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Planeta terra

Anna Müller


Um globo imenso, um grão,és no universo,

de riqueza e pura beleza residentes;

a cor azul, a inspirar no poeta o verso,

e o verde a dar a vida aos seres presentes.

És maltratada...ferida por tantos filhos,

que tantas lágrimas faz chorar aquém te adora;

Mas há os incansáveis a caminhar por trilhos,

a defender-te mãe, que em silêncio chora.

Mesmo imensa a abrigar e dar a vida,

és tão frágil, que chora a dor esganecida;

por teus filhos cruelmente torturada...

Poucos são os que aqui estão a te proteger,

Mas a luta nunca haverá de esmorecer;

És nossa mãe, por muitos idolatrada.

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