O PARDAL


Esse ser que é tão pequenino,
no qual ninguém vê nenhum mal,
se aproxima de nós com carinho,
com aquele trejeito doce e cordial.

Nós nunca lhe damos importância.
Como os outros, ele não sabe cantar
e assim é que movidos pela ânsia
e pelo desejo de o mundo abraçar,
ao descansar nós só ouvimos o sabiá,
o canário, o rouxinol e até o colibri.
Mas o fiel pardal está sempre lá.
Um companheiro assim nunca vi.

Até na hora mais horripilante,
como se quisesse ser um defensor,
ele está sempre, firme e presente,
como representante do Criador !
SP. 03/10/07
Fernando Alberto Salinas Couto
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 03/10/2007
Reeditado em 02/02/2009
Código do texto: T679199
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