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Nesse quadro negro
Escrevo amor com giz
Fácil de apagar
Difícil de ler
Escrevo tanto
Até atrofiar os dedos
E as mãos não conseguirem
Segurar mais nada
Deixar tudo deslizar através
Tudo me escapa
Menos o sentimento
E quando tudo tenho
Falta me razão
Ou será que falta ação?
Sei que algo falta
As vezes é o chão
As vezes o teto
Então vivo de olhar o céu
E sonhar
Pedir chuva
Pra que me lave
Me leve os desejos
De mais alguns beijos
De um olhar diferente
Que não seja esse do espelho
Eu me vejo
Você não vê
Eu creio
Você não crê
E tudo bem
Escrevo mais amanhã
Se ainda tiver a mente sã