CONDENADOS
Sou eco e sou surdo...
Tenho um corpo sem alma...
Na verdade, sou bastante água
E não sei falar... Sou mudo!
Respiro, mas... Apócrifa é a vida
Que ensina e destrói... É o nada!
O tudo é efêmero... É hora tatuada
Perante o tempo isento de esquina.
Sobrevivência: uma existência nula
Que tem do mundo apenas o decote
Já que viver é preparar-se para a morte!
Esdrúxulo universo que não depura
Do ouro e da prata o viés da semente
Que perece incauto... Sem saber ser gente!
DE Ivan de Oliveira Melo