CONDENADOS

Sou eco e sou surdo...

Tenho um corpo sem alma...

Na verdade, sou bastante água

E não sei falar... Sou mudo!

Respiro, mas... Apócrifa é a vida

Que ensina e destrói... É o nada!

O tudo é efêmero... É hora tatuada

Perante o tempo isento de esquina.

Sobrevivência: uma existência nula

Que tem do mundo apenas o decote

Já que viver é preparar-se para a morte!

Esdrúxulo universo que não depura

Do ouro e da prata o viés da semente

Que perece incauto... Sem saber ser gente!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 10/11/2019
Código do texto: T6791906
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