Poema voo





O poema é um voo no silêncio da alma
que insiste em não gritar,
espalhamos sentimentos de amor, esperança,
ao pousarmos,
tudo parece mais calmo, mais bonito.
Poema voo,
entregue sem uma palavra sequer,
perdido na escuridão da noite da alma,
poema tímido, envergonhado
por ter um rosto rosto descoberto sem véu,
chega no veludo da orquídea,
alimentando outra alma iludida,
fantasia vestida de verdades,
no topo da fama ou numa esquina qualquer,
existe o coração machucado
de uma mulher.
Pelas casas desabitadas, surdas de palavras
que não foram ditas,
poesia que jamais será escrita.
Algumas portas permanecerão fechadas,
assim serão
os sonhos de algumas mulheres,
que carregam em si
qualquer coisa que lhes deixam vivas.
Boas lembranças de vozes que lhes chamam
para o outro lado do mundo,
retiram-nas de suas infelicidades,
por um segundo.
Mulher,
sê orquídea, ser menina, ser nada,
com a duração da beleza vencida.
Sê amor, alegria, sê chegada
como por uma vida inteira,
sê flor esquecida.
Em solidão a sua alma se perdeu,
não era dele, nem dela, não era você
nem era eu.





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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 10/11/2019
Reeditado em 14/11/2019
Código do texto: T6791368
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