Ócio
O coração vazio e prático
Me sufocava de um jeito mórbido
E traduzia num sorriso cálido,
Válido
A incerteza de um feitiço sórdido.
O sentimento que era vívido
Se contorceu como fosse síntese,
E num movimento cênico
Despediu -se de meu eu lírico.
Num adeus patético e cínico.
Só no meu cantar insípido e plácido
Permaneceu como objeto sólido
O teu respirar ríspido
E como se fosse lúcido,
O teu silenciar inóspito.