LEIA-ME DEVAGAR
Tenho uma língua afiada
Na ponta dos meus dedos
Que lambem as teclas na madrugada
Quando escrevo sobre amores e desejos
Eu peço que você nem tente
Me ler assim tão de repente
Pois tudo que tenho escrito
Muito antes foi sentido
Quando me ler, leia devagar
Não interpretes aos gritos
O que eu acabei de sussurrar
pertinho do seu ouvido
Saboreie cada verso
Escrito em letras de ousadia
E então conjugue o verbo
Dessa minha molhada poesia