Placebo
Esse sentimento concomitante,
De um ser ou não ser,
Que aparece a todo instante,
Tão difícil de entender.
Desse lamento em missiva,
Com as palavras de um réu.
Declarando de forma lasciva,
Toda verdade em véu.
De um incontrolável bem-estar,
Ao encontrar com sua alma.
E dela desejar,
Toda a dor que não ensalma.
Tão hibrido desejo,
Que aflora na raiz dos pelos.
Que arrepia no beijo,
E em todos apelos...
Orai, se preferes a reflexão,
E um placebo para suas dores.
Na loucura, não se envolve a razão,
E na paixão não se envolve amores.
Aquele que tece a pele viva,
Rasga à unhas, sem dor...
E mistura louca a saliva,
Num beijo promiscuo sem amor...