UM POUCO DE MIM
O meu viver que aqui faço
nunca afastará a lembrança
da alma presa lá por laço,
onde vivi como criança...
criança, sim, pois que era novo.
Tudo ali fiz tão direito
e quase sem paz qual povo
de caminho bem estreito.
É o passado, o qual retorna
nesta fuga sã de louco
no presente que contorna
meu futuro – por bem pouco!
E, também, sem trégua e sem paz,
por mágoa ou por não paciência,
não tolero o que não me apraz
– mostro–me, pois, com tal ciência!
Salvador, 1998.