Último desejo

Quero que, quando eu morrer,

Meu corpo, mandem cremar...

Nem precisam me benzer...

Joguem meus cacos no ar...

Num dia de ventania,

Atentem a essa intenção,

Como pó de poesia,

Quero ganhar o mundão...

Espalhar-me pelo chão...

Dividir-me em alegria...

Renascer, um dia, então,

Com mil faces de magia...

Estar em todo lugar...

Numa abelha, numa flor...

Nunca mais abandonar,

O mundo que me gerou...

Gostosa transmutação...

Fosse enfim, realidade,

Feliz eu seria e quão,

Prazerosa a saciedade.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 06/11/2019
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T6788705
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