Respira
Tempo, momento.
Passa o tempo
O mais precioso presente
Ela não se conhece.
Em casa ninguém tinha espelhos
Nem voz!
Ah, sim! Todos tinham gritos.
Muitos gritos internos
Alguns externos.
Ela? __ Era ela mesma!
Assim, imperfeita.
Às vezes, só queria um pouco de “só”
Só para amar
Só para ouvir
Só para falar
Só para um mar
Só mais uma medida
De paz desmedida
Ou de guerra para algo conquistar.
Tem piedade dela, oh vida!
Não a deixe nessa triste avenida
Assim, tão cheia de gente falante.
Mas tão distante.
Tão sós.
Alcança a alma desfeita no vento
Daqueles momentos.
Respira esse invisível e perfeito ar.
Respira... Respira... Respira... Respira...
Olha lá, o nascer do sol veio te visitar!