Manhã de agosto
Acordei meio assustado
Com um barulho
Que não conhecia
Era algo assim
Que parecia porta
Abrindo bem devagarzinho
Ainda era bem cedo
Com o dia amanhecendo
Chegando quietinho
Por detrás
De uma nevoa macia
Então sonolento e
Sem levantar de meu leito
Procurei saber do ocorrido
Para isso
Espichei então os olhos,
Que ainda lutavam
Com o sono
E com muita preguiça
Olhei em direção
À porta que rangia
Já entreaberta
Estava e
Deixava passar
A claridade do
Dia que chegava
E casa adentro
Entrava bem devagarzinho
Assim sem pedir licença
Foi se espichando
Ocupando o que podia
Trazia consigo o calor e a luz
Do sol que também acordava
Bem devagarzinho
Chegavam radiantes
Aquecendo a manhã fria
Assim o sol
Acompanhado da brisa
Que murmurava
Uma linda canção
Iluminando tudo
por onde passavam
Sem avisar
Entravam quarto adentro
De mansinho
Traziam consigo
Um friozinho
Que de gostoso
Mais preguiça dava
Puxei a coberta
Cobri a cabeça
Fiquei bem quietinho
Levantei lá pelo meio do dia
Sem saber direito
Se era sonho,
Ou teria acontecido
O dia estava lindo
De céu muito azul sem nuvens
E a musica ainda se ouvia
Era o vento que com
Os galhos das arvores
Floridas mexia
Dançando com as flores
Espalhando seu perfume
Pela manhã de domingo