"VERSOS ANÔNIMOS"
Vindo lá do subúrbio
Cheio de esperança
O menino desconhecido
E o violão surrado
Ansioso em mostrar
O literário dom de poetizar
Perdido na selva de cimento
Do anonimato a liberdade
Na voz da poesia ansiedade
Nos espelhos dos versos em liberdade
Nas rimas e suas magias
Nestes espelhos
Olhos perdidos, parelhos
Imagens distorcidas a confundir
Meu sereno e humilde existir
Cimento e vergalhão
Deixei distante meus irmãos
Quanta gente por mim a passar
Violão na mão a observar
As cordas a dedilhar
Sozinho aqui nada conheço
Chega a noite o desespero
Sem ter onde se abrigar
O subúrbio tão distante
Vida de desconhecido andante
Olhar perdido no horizonte
Decidido perseverante
Quantos mais
Os versos e o surrado violão
Pela rua dos anônimos a caminhar
Na certeza de chegar
Um poema a muito imaginado
Versos por versos decorado
Pelo mundo literário
Foi o menino influenciado