VAGAMENTE

As tardes, aos poucos, arrefecem,
diluídas em mormaço e solidão,
junto as mãos é a Deus faço uma prece
implorando, implorando o Seu perdão.

Podem ver lá no fundo da retina,
o que guardo dos meus tempos de menina,
que brincava solta, livre, pé no chão.

Já não sei se há dor ou desapego
nesta poesia triste, pobre, sem enredo,
porém sei que há de ter algum sentido
na lembrança que, um dia, hei vivido.