Amar é viver a divina assimetria.
Muitos malgastam a sua existência numa busca vã.
Na leda ilusão de encontrar a sua cara metade.
Mas as duas metades de uma fruta não são iguais.
Pois é a assimetria que embeleza a simbólica romã.
E na estulta busca firmam-se em ilusórios eitos.
Duma maquinal lista autocentrada e falta de amor.
E de espúrios em espúrios preceitos, seguem só,
Mergulhados num mar de escuros preconceitos.
Quando deveriam entender que é, a cara assimetria,
Que dá o encanto ao nosso universo, vivo ato de amor.
E sabendo disso amaria a viva metade adversa de si.
E o amor em assimetria, seria um, em dois na alegria.
(Molivars).