O Lamento curriqueiro de Olinto Crespus
Dormi , acordei agora , lamentando o tempo que perdi, depois das horas me dizerem insultos. Entre vultos que passavam esquecidos e as decisões ficando caóticas, perdidas no embaraçado momento do quarto desarrumado, conforme estava eu ali sentado. Olhando de certo modo , aquela mesa e uma corda alçada no teto , enfeite de natal passado, fornecendo nuances de uma tentativa que, parecia interessante pelo rancor e ódio alternados com uma frequência hipnótica no teu retrato pra não morrer de tédio.
Fui ver o cinema, e a tela olhava-me por dentro. Cada cena tinha um endereço de apreço ou desforra da minha situação que se ofendia, por ter deixado um dia descansar das idéias e das coisas que interessava.
No bar, bati o martelo na sexta rodada caindo solitário no balcão, com uma taça vazia , encharcada na camiseta que era fina, de botões azulados , num tecido branco, agora manchado, rastejei aos cantos pra sair disfarçado, e me entregar a chuva da rua , num banco ajardinado da praça.
Dos detalhes lembrados, agora aqui na cama vendo você no retrato, refletindo você de costas nua indo ao encontro das roupas jogadas, percebi um estranho que falava de uma foto estranha a mulher que em minha cama , a pouco, estava.