Ventos

Os ventos sopram

na direção contrária

E eu teimo em seguir

adiante

Decisão temerária

Dilacerante

Por que não ir?

Só porque tudo

diz que não?

Só eu me sei!

E às vezes nem eu!

Quando o mundo acha errado

Mas preciso tentar

Sentir a dor

O sangue escorrendo

É assim que me reinvento

Tiro antídoto do próprio veneno...

Ninguém me sabe

Como eu me sei!

Muitos tentaram...

em vão!

Nos dias de brisa,

sopro devagar

Mas nos dias de redemoinho

Meus quixotes

veem moinhos

que sopram

ao contrário

E daí renasço

Antes que cheguem

Fujo e me caço

Me perco, me acho...

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 02/11/2019
Código do texto: T6785775
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