Ventos
Os ventos sopram
na direção contrária
E eu teimo em seguir
adiante
Decisão temerária
Dilacerante
Por que não ir?
Só porque tudo
diz que não?
Só eu me sei!
E às vezes nem eu!
Quando o mundo acha errado
Mas preciso tentar
Sentir a dor
O sangue escorrendo
É assim que me reinvento
Tiro antídoto do próprio veneno...
Ninguém me sabe
Como eu me sei!
Muitos tentaram...
em vão!
Nos dias de brisa,
sopro devagar
Mas nos dias de redemoinho
Meus quixotes
veem moinhos
que sopram
ao contrário
E daí renasço
Antes que cheguem
Fujo e me caço
Me perco, me acho...