Malabarista do Tempo
O tempo nos leva em seus vagões
Tudo é cúmplice do tempo
O tempo é dono de tudo
O tempo está sempre em comunhão com o espaço
O tempo é fumaça que passa
Saindo de uma chaminé que faz o alimento do homem.
O meu passado ressurge em grito
Uma voz, um eco de uma canção
Chamando meu destino para o tempo corrigir (para não repetir o passado)
O tempo fala com meus olhos cansados
Esperando o dia chegar, pequeno como avistar de longe
Pensando, querendo ficar sozinho para apreciar este tempo
Tempo lembrado, alegria passageira
Corro para a vida, querendo viver
Deixando pegadas de um bicho homem
O tempo, bravo, espinhos da mata virgem
Fere o brilho de querer chegar
Caio e levanto querendo saber
Como será o tempo onde quero chegar
Cansado de tanto ver o tempo passar
Espero o tempo para viver
Esqueço o aconchego querendo abraçar o tempo
E aproximá-lo de todo querer
Perdemos o tempo que está junto da gente
Ao buscá-lo no tempo intangível e distante.