NA ALMA QUE FICA
Eu por ter medo do fim
desenhei você numa
estátua decorada de Eras
onde o o fosco cinzento
pelo tempo que passa
a partir e deixar me sozinho
fica refletido nas luzes
claras pra nuances de rua
pra olhar pela janela ,
da sala, do quarto, de onde a
nua lembrança sua está
desaparecida da foto
que viva acontece quando
estamos juntos, sem esse
medo das vozes de coisas
que tocamos e compomos
como lençóis e travesseiros
e o mudo canteiro de brotos
pra nascer de novo tua vinda,
e por isso pus ali ainda
esta eternidade em forma
rígida frondosa , mas fria
que me toma na falta de
um nota de harmonia igual
tal como o que parece
quando o que se esquece
são estes dias confusos
que a alma perde o sentido,
e quer voltar pedindo
que aconteça o que
guardamos de profundo.