O AVESSO DO SUJEITO

Do outro lado das horas,

No avesso da vida,

Me deixo no sonho

Do impossível do dia.

Um essencial deslocamento do vivido,

Uma fome inumana de algo impossível,

Acorda minha sombra

Para um delírio ou vertigem de infinito.

Sou a potência de de não ser eu,

E viver pleno como um ninguém,

Na liberdade de um rosto quebrado,

Sem marca de identidades.