DESCONTRAÍDA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
Estava ela de bem com a vida
Esbanjando aquele belo sorriso
Toda feliz e muito descontraída
Defronte ao horizonte todo preciso
II
Estava ela meiga e sensual
Sentada numa pedra esverdeada
Contemplava as águas até o final
Boquiaberta frenética e apaixonada
III
Uma só lágrima doce não rolou
Da saudade que no coração passeia
O choro contido de quem nunca amou
Num confidencial à bela e fiel sereia
IV
As amarguras aos pés da santificada
Foram deixadas também as oferendas
Com a alma mais que renovada
Trazendo alegria das suas crenças e lendas
V
Não dei por mim no que estava fazendo
Deixando um aceno com a minha partida
Meus conceitos que na vida fui relendo
Momento em que ela estava descontraída