SEMEANDO VERSOS
Infinito vermelho de manhãs luminosas,
tesouro remanescente no meu espírito,
luas que transitam em estações misteriosas
girando apaixonadas por astros benditos.
Envolvo-me num verter de faíscas estelares,
mesclando-se à poeira quente do deserto
neste véu que oculta plagas singulares...
o Sol está vagaroso com destino incerto.
Emerge do âmago a inspiração arrebatadora,
semeando versos onde florescem os lírios
bendito dia de liberdade e rosa encantadora,
levando os bem-te-vis a cantar em delírios.
Minha poesia desperta entre vitrais divinos...
cores tingem o cenário, com aves em flutuar
uma melodia conduz-me ao inexplicável destino,
não detenho o ímpeto, de estar sempre a sonhar.