HABITANTES DA CARNE

A carne, o corpo, a matéria

Ou como queiram chamar

É onde o Ser, a alma, o Espirito

Num sopro se fez repousar

Pois dentro do pó a vida pulou

E o barro em carne sangrou

Ao sentir a vida jorrar.

Se tornando a morada dos sonhos.

Pros pesadelos hospedaria

Em dias turvos a turbulência

Já em outros a calmaria

Do abstrato ao concreto

Do escancarado ao discreto

A carne serve de moradia.

Do desejo mais puro

Ao que é mais profano

Da lágrima mais sincera

Ao choro mais leviano

Do pensamento libidinoso

A aquele que é “luminoso”

Na carne estão habitando.

A consciência e a inconsciência

O marginal e o cidadão

O religioso e o ateu

A culpa e o perdão

O ódio e o amor

O Desvalido e o valor

Da carne fazem mansão.

Sivaldo Oliveira
Enviado por Sivaldo Oliveira em 26/10/2019
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