MIRTES E A MULHER DE LÚCIFER
O triunfo das bestas
dorme agora nos homens
de cor pálida e olhos
vermelhos com voz rouca.
Por louca deitada no chão
abre a blusa e tem seu coração
retirado despedaçado
levado ao encontro dos
outros onde o pulso de
sangue havia abandonado.
Ela serviu na outrora,
no cume do alto das fontes
diante da primeira besta
humana que agora come
seus filhos por dentro.
E doa veneno de graça
compra idiotas na rua
pedindo uma esmola
sem moedas atirados
na grama na calçada
dentro de casa ainda
que ricos do uniforme
ácido da prata fácil
se viram diante da estrela
que volta e voltará
quando não mais estiverem
sonhando com um céu
feito pai que abraça
pela primeira vez depois
da luz perdendo a voz
que dela morre de inverno.