PEDAÇOS DE UM CONTO V
Enrico era tido como estranho na vizinhança e ao mesmo tempo empático; saberia recitar a Odisseia em latim e esta dificuldade que os outros tinham em vista dele, ele tinha em abrir uma garrafinha de água. Enquanto os amigos em grupos joga bola, peão, pipa, correndo de um lado ao outro... Enrico caminhava em direção à debaixo de uma árvore com seus livros: Tchekhov, Georges Bernanos e algo sobre Goethe.
Era um mundo paralelo; quando somente aos 40 anos os amigos de Enrico sairia da caverna. Enrico se tornava sua própria obra antes dos 20; com suas poesias, casado com uma artista plástica, e dirigindo peças para o teatro de uma pequena cidadezinha. Seus amigos e amigos de "seus amigos" via o externo, o superficial e adoravam distrações para desenganar o enfado do tempo.
Estes no final de semana vão comprar algum quadro (da mulher de Enrico), dão de presente os livros as mulheres da família (livros estes que Enrico escreve com seus pseudônimos), e tendo eles folga no meio da semana adoram o teatro; assistir as peças que Enrico escreve.
Denomina as complexidades de infinitas situações da vida, o passivo e o ativo do essencial. Ou se escreve ou lê, produz ou é comprado, é assistido ou senta para contemplar bebendo sua bebida favorita. A vida se faz e refaz de vida, e das vidas de tantos Enrico´s como também, de seus tantos amigos. A vida é pra isso.