Irrompido

Entrei.

Ao sair

Do ventre maior.

Entrei chorando

E saíram sorrindo

Transeuntes ao redor.

Alheio à festividade

Recepcionado pela vida

Decepcionado pela sua dor

Amamentado por cheiro e calor.

Pintaram-me a face com cores primárias

Misturei-as e encontrei a verdade

Despedaçada logo adiante

Pela eterna e dilacerante

Realidade.

Insisti na lenda do barco do amor

A balsa que baila e valsa vibrante

Descobrindo rumando e avante

Ao lado um barqueiro Caronte

Marcando com aviso e sem data

Um deadline, com prazo Senhor.

Rapidamente

No auge da incandescência

Urgente decadência.

E ao entrares

Saímos.

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Farias R
Enviado por Farias R em 24/10/2019
Código do texto: T6778393
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