Proibido
Alguma poesia circula no meu sangue mangue
Na palafita dos meus sonhos suponho lodo
E me visto de covarde e saio a assombrar a cidade
Aquele moço gosta daquele outro moço ali
Amor proibido é isso: silêncio
Alguma poesia me faz andar para adiante
Adiantar o relógio da fome e almoçar almondegas
E me nuo perante o espelho da casa antiga
Aquele moço ama aquele outro moço ali
Silêncio proibido é isso: amor não correspondido
No mais nada mais faz sentido.
Milton Oliveiras
24out/2019