IDEAL

Tu verás - Ainda que as estações não mudem!

Tu verás - Ainda que as metáforas acabem!

Tu verás - Ainda que as alegorias se percam!

Nada nunca mudou em declínio assíduo,

Senão os breves lampejos dos dias.

Ó graciosa, eu vejo os teus sinais,

Como sutil e doce magia.

Verás que o corpo ao desfalecer

Nada mais será que inevitável sina

De meros e simples viajantes

Os quais são agraciados de aqui não padecer.

Assumirão, então, as formas universais.

E assim, teu artesão supremo,

E com sua claridade ardida

Se fará o caminho eterno.