porto seguro

à que ousou

novamente se permitir...

naveguei,

sem você,

meio navio

sem bússola.

o pós-tempestade,

que impôs meu enorme

erro de rota,

me legou

solidão e mãos trêmulas

por perderem o leme.

minhas velas, a esmo,

ao vento, se deram...

instantes rápidos e destruidores

a volta ao teu cais

para me refazer

foi a certeza que ficou

fragilizado pelo que se passou

nele meu coração pode se ancorar

não pelo medo de novamente navegar,

mas pela certeza de ter um porto seguro

que me livra do medo

de ser sozinho e

de outa vez ficar rumo.

Nômade
Enviado por Nômade em 23/10/2019
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