porto seguro
à que ousou
novamente se permitir...
naveguei,
sem você,
meio navio
sem bússola.
o pós-tempestade,
que impôs meu enorme
erro de rota,
me legou
solidão e mãos trêmulas
por perderem o leme.
minhas velas, a esmo,
ao vento, se deram...
instantes rápidos e destruidores
a volta ao teu cais
para me refazer
foi a certeza que ficou
fragilizado pelo que se passou
nele meu coração pode se ancorar
não pelo medo de novamente navegar,
mas pela certeza de ter um porto seguro
que me livra do medo
de ser sozinho e
de outa vez ficar rumo.