TIMIDEZ

Tenho medo, às vezes, que te rias,
por isso sempre me sinto inseguro
das palavras que te digo no escuro,
mascaradas pelos véus da fantasia.

São volteios semelhantes a rodeios,
uma dança que contém só esperança,
mergulhado no perfume dos teus seios
eu me sinto, novamente, uma criança.

Me intimido e me perco no caminho,
porém nunca há de faltar-te o meu carinho.

        .  .  .


 Paulo Miranda
Se te sentes uma criança
te farei benemerência:
e, no jorro da esperança
te livrarei da inocência...