RASTRO DE UM METEORO.

Na inconstância da noite,

Lembro-me das tardias manhãs,

Como se tudo ainda fosse,

Vestígios de estrelas anãs.

O céu escuro,

Enfeitado de estrelas e a lua,

Frio, cativo, noturno,

Primícias e lembranças tuas...

Refugio-me então,

Nas poucas memórias singelas,

Sim, aquelas,

As quais tu, não partiste meu coração...

Ainda sinto tua falta,

Mas talvez um dia isso tudo seja passageiro,

Como tu foste e me deixaste nessa senzala que acabara,

Comigo por inteiro....

Tu acoimara-me

Nesse pesadelo de inferno,

Que se mantém hodierno,

Até no simples pensar...

Tu descobrira o mundo,

E eu era simplório,

E no remate de tudo,

Tu só eras só, rastro de um meteoro.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 22/10/2019
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