RASTRO DE UM METEORO.
Na inconstância da noite,
Lembro-me das tardias manhãs,
Como se tudo ainda fosse,
Vestígios de estrelas anãs.
O céu escuro,
Enfeitado de estrelas e a lua,
Frio, cativo, noturno,
Primícias e lembranças tuas...
Refugio-me então,
Nas poucas memórias singelas,
Sim, aquelas,
As quais tu, não partiste meu coração...
Ainda sinto tua falta,
Mas talvez um dia isso tudo seja passageiro,
Como tu foste e me deixaste nessa senzala que acabara,
Comigo por inteiro....
Tu acoimara-me
Nesse pesadelo de inferno,
Que se mantém hodierno,
Até no simples pensar...
Tu descobrira o mundo,
E eu era simplório,
E no remate de tudo,
Tu só eras só, rastro de um meteoro.