A CRÔNICA DO AMOR CONSEGUIDO.
Assim que o café foi servido,
vi tua silhueta linda flor inquieta
procurando pelo vidro do bar,
onde será que está quem
as vezes ou quase sempre me
perturba, nas noites confusas
porque pergunta de novo
quem a chama naquela hora
pra dizer inúteis coisas puras.
- Vamos nos dar o prazer de vingar
telefones e palavras sem gosto,
sem rosto, quem sabe um louco
estar , num lugar que possa até
ser vulgar, se for estar te olhando
mesmo trazendo um desejo de
foi tudo um engano , querendo
dar-me um fora!
Ela agora que entra sem bater a
porta, que aberta por sorte ,tem
outras pessoas convidadas e
desconhecidas sentadas muito
próximas, então sinta-se e seja
bem vinda, estamos entre as
falas comuns do fim do dia,
ainda podemos ver o sol se pôr.
Eis que ela me beijou com vontade
num desespero de verdades pra
serem ditas na cama , com sua
arma letal que ouvia d'outro lado
que mal eu sabia , quem ama
vem também com noites mal
dormidas, desarrumada de blusa
aberta suada da chuva que caia
lá fora, eu sentia que poderia
naquela mesma hora seca-la.