Nós criamos raízes onde nos inerciamos.

De um caule, cresce eu, meu descanso

Meu peito oco sai folhagens. É outono.

Na cadeira de madeira vermelha, finco meu afeto só, paisagem-morta.

Grudo na secura e torno-me uno.

Arrasto como selvagem na floresta colorida, e me enxergo monocromático no reflexo na água na folha no meio da ilusão.

E da selvageria da vida me safo e permaneço sentado na cadeira de madeira no meio da sala

que arrasta minhas raízes marrons e se alojam nos confins do cômodo parado, intacto, morto.

Igor Honorato
Enviado por Igor Honorato em 21/10/2019
Código do texto: T6775362
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.