Só
Nós criamos raízes onde nos inerciamos.
De um caule, cresce eu, meu descanso
Meu peito oco sai folhagens. É outono.
Na cadeira de madeira vermelha, finco meu afeto só, paisagem-morta.
Grudo na secura e torno-me uno.
Arrasto como selvagem na floresta colorida, e me enxergo monocromático no reflexo na água na folha no meio da ilusão.
E da selvageria da vida me safo e permaneço sentado na cadeira de madeira no meio da sala
que arrasta minhas raízes marrons e se alojam nos confins do cômodo parado, intacto, morto.