A PALAVRA SUBTIL
A obra que foi sonhada
Nunca atinge a perfeição,
Como o poema que escrevo
Não consola o coração!
Procuro a palavra, escolho,
Rebusco a que melhor soa,
Mas quando volto e a releio,
Sinto que a apliquei à toa.
Corresponde ao meu desejo
Do vocábulo perfeito
Pra transmitir o que vejo
E revelar seu efeito?!
Talvez deva ser mais clara
Ou quem sabe, mais subtil,
Para mostrar os matizes
Deste amado mês de Abril?
O pintor pode criar
Todos os tons que ele vê!
Eu tenho apenas palavras
Para encantar quem me lê.
Mas nesta luta que adoro
Me proponho continuar.
O que vejo e me empolga
A todos vós vou contar!
Lisboa - Portugal