ASAS DE UM DIA
A ventania vestia a alma do tempo.
Fazia-o abrir num largo sorriso
que se enveredava pelos campos em flor.
E, subtraídas as pétalas, rodopiava no paraíso
e, mesmo que preciso, tangia um silente riso.
Noutro dia,
as copas das árvores abrigavam outros ninhos.
Era assim a sina daqueles passarinhos.
Niniz Voaglin