Te aconselho
Aos meu botões, peço perdão!
Minhas mãos tremulas não
te ajudam a exercer tua função,
Aos meus chinelos velhos, agradeço!
Pela paciência com os pés cansados
por ti tenho grande apreço.
Aos meus queridos dentes, te praguejo!
Por se irem antes do tempo, sem notificar, sem falar,
hoje cada mordida, um novo pelejo.
A minha velha cadeira de balanço, saudade!
Acompanhá o seu balançar.
Não sera difícil acostumar, com a efemeridade.
Aos olhos chorosos, te aconselho!
O branco dos meus cabelos, são como
um espelho de uma vida a se lembrar.