Minha canção do exílio
Me exilo do agora,
Só vou cantar o amanhã,
Não estou aqui, vou pra fora...
Me exilo de mim,
Vou em rota de fuga,
Fugindo de tantas rusgas,
De desavenças sem fim.
Me exilo de minha terra,
De toda a minha gente,
Busco mesmo tenras serras,
Em devaneio persistente.
Tempos áridos, tempos tristes
Me levam pra longe, longe...
Bom que este longe existe
E me traz de volta sempre,
Nas asas do verso forte,
Que encarece a quem sofre
A merecida boa sorte.