AS FERAS DO TEMPO

As Feras do Tempo

O tempo nunca nos poupa

Com duas feras ataca

Não há como e não há onde

Do dia ninguém se esconde

Da noite ninguém escapa

Impossível não ouvir

A fera quando ela surge

A noite é um lobo que uiva

O dia é um leão que ruge

É simples pra ele a caçada

Sabe o que faz e o que não

Fareja a caça na estrada

E no rastro das pegadas

Solta o lobo e o leão

E quando a estrada termina

Acaba a fuga da caça

Mas a fera não se contenta

E volta a buscar novas presas

Para servi-las nas mesas

Onde o tempo se alimenta

Antonio Augusto Biermann Pinto
Enviado por Antonio Augusto Biermann Pinto em 19/10/2019
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