O HOMEM

Era tão puro como a própria pureza,

Caminhava lento,

E seus olhos cansados, parados,

Penetravam o tempo.

Trazia os lábios ressequidos.

Como a terra no estio, crestada,

Que se umedeciam todas as manhãs

Com o ósculo frio da madrugada.

Amou demais e, por isso sofreu,

Penas amargas, desenganos,

Mas seu amor foi porém maior,

Que todo o sentimentalismo humano.

E quando este Homem morreu,

O mundo todo chorou,

Mas ninguém ainda compreendeu,

Que Ele morreu por amor.

Pethrus
Enviado por Pethrus em 18/10/2019
Código do texto: T6772957
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.