POEMA DE SEXTA-FEIRA

POEMA DE SEXTA-FEIRA

Porque dentro do meu peito
há uma explosão anciã,
que não mais tenta se conter.
Grita com uma voz atada,
sufocada,
mas lírica,
embalada numa certeza de saber aquilo que quer.

E sabendo o que deseja - almeja,
não litiga com o fator tempo
nem muito menos com fato 'delta' (distância).
Espera...

Porque dentro do meu peito
a explosão é absolutamente sana,
empática - não se engana,
cínica ante a dor,
nada destrói,
explícita,
pra poder ver (sentir) a magnescência
não estática,
do que poderia ser a fórmula do amor.

Porque dentro do meu peito
a verdade é sincera
e não dita da boca pra fora
(não engole o seco)
'entorna o seu próprio querer
(há de ser),
substituindo o indago 'por que'
(e é)
pelo exclamo 'porque'!

Porque dentro do meu peito
o ar qu'eu respiro, 
é puro - saudável, 
me enche de nobre empáfia e vigor, 
oxigena o corpo, 
a alma, 
a mente, 
pois é um ar-aroma de amor. 


-x-x-x-

 
Poema Subsequente-subliminar - Sem título
 
E quando Adão comeu a maçã - presente alheio - que Eva lhe deu,
o veneno escorreu da boca...
Foi aí que tudo mudou.
Não fora a maçã
Não fora a serpente
(fauna e flora são obras divinas)
Foi o dito inconsequente...