Melancolia XXV
Sou sensato quando florido.
Estou descalço, deitado no chão.
Procuro estrelas enquanto gritam em meus ouvidos.
Elas se constroem.
O corpo aquece, a mente explode
Há lapsos de tempo e corpo.
As palavras ditas enquanto incorpora
a insanidade no mundo
mostram a realidade do sentimento,
que por ser sentido
Se perde todos sentidos.
Vagas as lembranças que sou.
Olho o abismo com a prontidão de quem
vai à luta.
Tenho coragem, tenho medo.
O que sei sobre você, superficial.
Sem poder te conhecer de alma
Pois ainda está perdida pela rua,
segurando o choro e punhos fechados.
Flores em teus ombros
Destilados aromas que lhe entorpece.
Interrompida pelo que ama,
sempre insaciada.
Custo a acreditar que tu não existe.
Faço diante ao espelho pedidos
enquanto caio em lágrimas,
trancado e mudo aos desejos.
E deixo gotejar meu sangue em minha pele
para que eu possa sentir meu coração bater.
Esta sentença,
de acordar sem florir ao teu lado, dói.
Chega a queimar que mal consigo respirar.
E olho novamente ao céu,
busco teu brilho sabendo que não está lá.