Melancolia XXIV
Tem que ser bom
Mas não sei se me sinto bem.
O amanhã me dá medo
Não por seu eu,
mas por enxergar.
Ainda bem que te sinto comigo
As tempestades em meu peito acalma.
Difícil acreditar que hoje durmo sozinho.
A chuva pinta o chão,
diferentes tons de lágrimas que passeiam
pelas ruas.
Os olhos cerrados e vermelhos assumindo a dor
Que sente intensamente.
Sentimento solene
de essência, como a explosão de minha estrela
que acolhe tua luz,
sorrio a quem encara o brilho de teu olhar.
O magistério aprova
respeita e também julga.
Apavora, nos passos pesados que assustam
minhas penas.
Formiga-me os desejos na boca
Que fecho os olhos,
e penso com tanto carinho.
Eu temo o que me acontece,
choro meu âmago em silêncio.
Flutuo com um peso que não me cabe
e não compreendo tanta dor.
Flor,
não me rasgue com teu espinho.
Passo os anos regando tua coragem
e me maltratas assim,
a me cortar as penas que lhe faz sombras.
Minha visão ainda com lágrimas
lamenta o dia de hoje.
Não agradeço a morte que vivo
pelo medo que me oferece.
Estou cheio de Outros
Eles lêem e fidedígno,
amam e odeiam
Como faz teu olhar em mim.