Melancolia XXIII

A desordem no olhar em não saber sentir.

Intenso em tudo que faz,

tudo que sente.

Enxerga entre as lâminas o poder que tem.

E tem inventado muita coisa antes de dormir.

O beija-flor passeia em meu coração

colhendo minhas flores.

Sempre delicada, de mansinho

Resgata lembranças do que sou.

Traga à mim,

penas do sertão agreste

Me faço cabra da peste,

se morar em meu jardim.

Rio com alegria de criança

que não entende o significado de esperança,

pois tudo é tão tudo,

que amar é tão tu.

E amo, pelos detalhes que não me conta

os mistérios que agora me provoca.

Não entender o que sou para ti

Se existo no peito, na mente

Ou se morri.

Este solo que broto melancolia

aguarda a chuva de meus olhos.

Tão logo estarei novamente aí

penetrando seus sonhos.

Inerte sentimento que vivo rasga-me os pulsos.

Grito! Sussuro..

Não amo, amo muito..

Sem compreender seu tom que navega

meus pensamentos.

Projetas teu corpo em meu abraço

e antecipo em acolher tua aura.

Ytalo Scharf
Enviado por Ytalo Scharf em 16/10/2019
Código do texto: T6770895
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