Partindo
Um corpo completamente estirado no colchão
Olhos fixamente presos no teto
Sem nem piscar,
Emana de mim um oásis
Percorre face, pescoço
Domina tudo.
Projetado na tela branca
Assisto nossa história
Ilusoriamente real
Realmente ilusão
Imaginar quais ventos têm passado por ti
Tornou-se meu passa-tempo
Não por ser prazeroso,
Se escolha tivesse,
Escolheria ter perdido o ônibus,
Mas não tenho
Que posso fazer se meus olhos estão soldados nos teus?
O que posso fazer se junto da inspiração me vem o desejo do teu cheiro
E na expiração o pesar de não o sentir?
O que posso fazer se minha mão anseia pela tua
E chora por ela não estar aqui?
O que posso fazer quando meu maior desejo é ser tua
E o teu é partir?