Ciclo

Do alto, entre nuvens

Em lágrimas me desfaço

E desço fluidamente;

Criando uma filosofia de vida,

Por amor a sabedoria,

Não choro mais na despedida;

Pois, nem sempre o meandro à frente está

Quando a confluência se desfaz,

Ambos, céleres, deslizamos para o mar;

Quando lá enfim chegasse

À deriva, na curvatura, remaria até a borda,

Enquanto não evaporasse;

E em sua madrugada fria

Ancoraria na beira da praia

Até a plena luz do dia;

Para que, portanto, pudesse voltar

Ao ponto de partida

E então recomeçar.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 15/10/2019
Código do texto: T6770005
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