Frágil






Uma árvore frágil como eu, para passar os meus dias,
sem sombra,
ao sol, me sentindo mais pobre do que nunca,
sem um certificado de cidadão, tendo como sombra,
a noite,
sobre um pedaço de papelão.
Desenho o sol, desenho galhos secos,
ou um pássaro sem ninho,
em outros campos, desenho galhos verdes,
e borboletas, beijadas
pelo mais lindo beija flor,
fazendo ciúmes para os passarinhos,
por sobre as folhas,
esboço belas joaninhas,
bebendo o orvalho que pousa na flor,
em meus sonhos, sim, eu sonho.
Que faça chuva, que faça sol, sou agulha do tempo,
bordo caminhos, e em cada passo que deixo,
eu dou o tom, sou agulha na ponta da linha,
que se chama tempo,
bordando a história que o destino me presenteou.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 13/10/2019
Código do texto: T6768531
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