Folhagem




Quando chovia,
por horas, a sua proteção
era a folhagem,
e escondido,
dormia o sono do amor
que era a marca do seu coração,
depois quando a noite chegava,
e a chuva partia
para além do horizonte,
em sua insônia, dormia
e as estrelas lhe fazia companhia.
Como esquecer as flores ao vento,
as borboletas desfilando, à janela,
as gotas de orvalho nas pétalas ao chão.
Sem tempo para amar,
ou escrever da minha paixão pelo mar.
Sem tempo para dizer
do amor que não tive, mas, senti,
dizer que não esqueço você,
fingindo que há muito esqueci.




 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 09/10/2019
Código do texto: T6765004
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