BRAÇOS VAZIOS

Na tarde morna de dezembro,

debaixo do guarda-sol,

na beirinha do mar, eu me lembro,

teus braços me enlaçavam,

em tua maneira calada de amar...

Sentia-me, assim, protegida

por completo e ali mantida,

nada ou ninguém no mundo

me perturbava, nem por um segundo!

Gaivotas brancas, contraste belo

com o azul do mar e o sol, tão amarelo,

areia branca e quente

trazia toda a certeza de nosso amor,

tão ardente!

Eu também te abraçava,

te beijava de leve e corria

para aquelas águas tão calmas

e te chamando, sorria!

Ah, quando me vejo agora

na beira do mar,

as lembranças me escorrem dos olhos,

conjugando o verbo amar...

E olhando para o horizonte

de uma cor estonteante,

percebo ao cruzar meus braços,

sentindo-os assim tão frios,

que eles já não são laços...

Meus braços estão vazios!

Mariany Goncho
Enviado por Mariany Goncho em 09/10/2019
Reeditado em 09/10/2019
Código do texto: T6764813
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