Suave veneno
Eu procurei um papel no qual houveste despejado teu sentir,
Não achei.
Deitei sobre a cama,
Não havia teu corpo.
Eu solene, contra minha vontade.
O voraz desejo e esculpir teu corpo em pensamento.
Fecho os olhos,
Não há eu,
Nós não houve
Eu sinto por nós,
Mas a mim não basta,
Preciso do teu corpo.
Escrevi esses versos na esperança de um dia ser lido,
Em teu suave veneno,
Nossos corpos bandidos
Numa vontade só minha
Gritada ao pé do ouvido,
Mas não houve sinal
Talvez seja banal,
Reinventar o meu ser,
Na estação que é você.