Poeta (pouco de um fazedor)
Por Jennifer Melânia
Poeta (pouco de um fazedor)
O poeta vem de berço
Encomenda de emendas
De retalhos e de vozes
E de sentidos e de não sentidos
De ator e fazedor de atos
Atos bem pensados e repensados
Caprichados nas semânticas
O poeta cresce assim
Um fazedor de coisas
Procura na lente do existir
O âmago de sua inspiração
E nesta longa procura
Disserta pouco de um tudo
Se chora e se sorri
Se sofre e se está feliz
Se a solidão o consome
Se o amor o motiva...
Ele sempre tem seu jeito
De dizer à sua maneira
Se finge não se sabe
Se professa verdades e
ou mentiras e daí?
Ele é poeta nasceu assim
De ver a vida em versos
Em ritmos de arritmias
Verbais que lhe coçam os dedos.
Fere os sentimentos está
Famigerada vontade de escrever
Inscrever-se na vida.
Incrustar-se nas páginas
Brancas de uma Rosa
ou apenas ser ele, no seu
modo poeta de ser